De acordo com o site Correio Braziliense, cerca de 78,8% dos brasileiros se encontram em situação de endividados. E, embora o número tenha dado uma “estacionada”, ele deve continuar alto no segundo semestre. Na questão da educação, o Brasil amarga a 49ª posição entre os países da OCDE, segundo a Agência Brasil, seja pelo âmbito nacional e internacional. Triste, não né?
As escolas do Brasil, geralmente focam em preparar os jovens com as matérias tradicionais, como a matemática, geografia, português, história, inglês, ciências e educação física. Nada contra o que é ensinado nas escolas, afinal, essas materias são importantes. Eles abrem portas para futuros profissões como jornalista, médico, bombeiro, engenheiro, engenheiro, contador, advogado, secretário e assim por diante… o que é ótimo. Mas e sobre dinheiro? Pois é, parece que a parte que realmente afeta o nosso dia a dia, na maioria das vezes, fica de fora.
Mesmo que as matérias tradicionais sejam importantes para os jovens que buscam se qualificarem no mercado de trabalho, o ensinamento sobre finanças pessoais e investimentos é totalmente negligenciado pelo fato da maioria dos professores, (principalmente os nossos políticos), não possuirem conhecimentos de educação financeira durante sua formação. Então, ensinar finanças parece ser um campo desconhecido para muitas pessoas.
Outra situação é que não tiveram esse ensino pelo fato das suas gerações e famílias, não ensinarem como o dinheiro pode ser utilizado como uma ferramenta. Um exemplo seria se o seu professor não saber usar o cartão de crédito direito, é bem provável que a geração dele nunca tenha o ensinado também.
Existem alguns projetos ou instituições que tentam implantar educação financeira nas suas escolas, porém como o processo de mudança de qualquer coisa no Brasil é considerado burocrático e de ser alvo de grandes debates políticos, acabaram que a implementação da educação financeira nas escolas seja um processo bem demorado e complexo.
Porque a educação financeira é importante para a vida?
Pode ser clichê a minha observação, mas a Educação financeira é mais do que simplismente saber poupar dinheiro; ela está interligada em como gerenciar o seu capital para ter uma vida mais equilibrada. Ela te ensina sobre orçamento, poupança, crédito e investimentos, ajudando você a tomar decisões melhores e mais independentes. A ausência da educação financeira pode resultar em consequências nada agradáveis, tanto financeiramente quanto mentalmente.
Vamos a alguns exemplos práticos (e veja se algum soa familiar):
1 – Estresse:
A educação financeira te ensina a ter autocontrole sobre as suas decisões e ter controle das suas emoções. Sem ela, o descontrole sobre suas decisões financeiras pode causar muita ansiedade e, claro, noites mal dormidas. Afinal, quem nunca perdeu o sono por causa de contas a pagar?
2- O Mau uso do cartão de crédito:
O cartão de crédito pode ser a namorada dos seus sonhos, mas sem entender como ele realmente funciona e como isso pode te prejudicar, você pode acabar se afundando em dívidas. Juros altos são uma verdadeira areia movediça que, quanto mais você luta para tentar sair, mais você se afunda.
3- Endividamento:
A falta de controle sobre suas dívidas virará uma verdadeira bola de neve. E quando você percebe, já está enrolado em empréstimos com juros absurdos.
4- Dependência dos outros:
Sem possuir habilidade de gerenciar o seu próprio capital, você acabara financeiramente dependente de outras pessoas. Seja da família, do parceiro, ou até de empréstimos de amigos, o que já acaba com sua autonomia e até gerar os possíveis conflitos.
5- Tomada de decisões ruins:
Investir sem entender os riscos, gastar mais do que ganha, e por aí vai. Tudo isso acontece quando falta conhecimento financeiro.
Certo então como posso estudar educação financeira por conta própria de uma maneira independente?
Para fazer uma conversão entre a ausência da educação financeira em um conhecimento sólido e prático é um processo acessível, que pode ser feito com passos simples. Irei resumir de uma maneira mais acessível e detalhado:
1- Estude por conta própria:
Hoje, a internet é uma mina de ouro de informações na qual você aprende mais rápido. Como livros ou E-books, cursos gratuitos, IA, blogs (como o meu) e vídeos educativos que você encontra pelo YouTube de pessoas que entendem desse assunto. Comece a pesquisar os conceitos básicos, como orçamento, poupança, quitação das dívidas, investimento e planejamento de aposentadoria.
Fazendo esse primeiro passo, você estará na frente de 99% das pessoas. Canais no Youtube, como Primo Pobre, Investidor Sardinha, Economista Sincero, Bruno Perini e entre outros canais, são excelentes para quem quer aprender esse tipo de tema.
2- Controle os seus gastos mensais:
O uso de uma planilha de orçamento ou somar seus ganhos e despesas mensais, podem te ajudar a gerenciar os gastos de uma maneira mais eficaz e criar bons hábitos de economia. Entenda, faça as contas daquilo que você ganha e gasta por mês e tente cortar aquilo que não vale a pena.
A ideia não é te fazer desistir de comprar algo que você quer, mas garantir que suas compras caibam no seu bolso. e se terá condições de paga-lo.